Todos os dias surgem mais ideias inovadoras para diminuir os impactos ao meio ambiente e essas ideias estão chegando com força total ao Brasil. No mês passado, a geração de energia de forma sustentável foi pauta em uma audiência pública, em Brasília, e foi levantada a hipótese de os consumidores gerarem energia limpa em suas próprias residências. A proposta foi discutida por representantes do governo, distribuidoras de energia e sociedade civil, reunidos na sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Se a proposta for acatada, além da economia de dinheiro por parte dos consumidores, estes ainda acumularão créditos.
A ideia visa incentivar e regulamentar a geração de energia limpa, em pequena escala, no Brasil. Os consumidores que instalarem placas fotovoltáicas ou pequenas turbinas eólicas em suas residências, escritórios ou indústrias, terão uma diminuição no valor da conta de energia. Além da economia, os consumidores que conseguirem diminuir o uso de energia ganharão crédito que poderá ser utilizado por um ano. Foi discutido também o desconto de 80% na taxa de transmissão e distribuição dessas residências, pelos dez primeiro anos após a instalação.
O Greenpeace, que também esteve presente na audiência, propôs que o crédito de geração de energia seja estendido por tempo indeterminado e que deve haver um desconto integral nas tarifas de transmissão e distribuição. A proposta faz parte do conjunto de incentivos para energias renováveis do projeto de lei PL 630/03, apoiado pelo Greenpeace, mas que está parado na Câmara há dois anos. “O processo da Aneel, se concretizado e transformado em lei, deve representar uma pequena revolução na maneira como a divisão entre consumo e geração de energia é feita atualmente no Brasil”, afirmou o coordenador da Campanha de Energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo.
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